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Estado vizinho a Rondônia, nove crianças morreram de sindrome respiratória em menos de dois meses

A secretária de saúde do Estado, Paula Mariano, concedeu entrevista coletiva
nesta quarta-feira, 8, no auditório do Pronto-Socorro de Rio Branco, para falar dos
crescentes índices de crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Segundo os dados, somente nos últimos dois meses, 9 crianças – entre 2 meses e
4 anos – morreram vítimas do vírus “sincecial respiratória”.

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De acordo com a gestora de saúde, o que chama atenção em relação ao vírus é a
intensidade no agravamento dos sintomas das crianças. “Mês passado já tivemos
5 mortes por síndrome gripal grave. Já esse mês, foram 4 mortes, duas delas
tinham comorbidade. Não é um vírus novo, estamos vendo agora as relações das
crianças. Não é mutação de vírus, está relacionado ao tempo isolado em razão da
pandemia e problema de imunidade”, declarou.

Em relação a morte de Theo Dantas – bebê que estava internado no Pronto-
Socorro de Rio Branco desde segunda, 6, e aguardava ser transferido para o
Hospital da Criança, Mariano contou que não faltou assistência do Poder Publico.
“Em relação ao Théo, tinha medicação, havia especialista e equipamentos. A
avaliação é a gravidade”, garantiu.

Paula explicou ainda que a gestão estadual solicitou o aumento de leitos no
Hospital da Criança, em Rio Branco. “A gente já havia aumentado 10 leitos de semi
intensiva no Hospital da Criança. Hoje o local conta com 48 leitos, sendo 9 de
Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, comunicou.

A secretária de saúde admitiu a falta de alguns medicamentos, como por exemplo,
a dipirona, porém, ela alega problemas na aquisição de insumos nos laboratórios.
“Não há problemas com falta de UTI e sim com medicamentos”, avisou.

Sobre a possibilidade de uma nova greve dos médicos no Acre, Mariano disse que
vai conversar com a categoria. “Não conversei com Guilherme, a greve nos
preocupa, mas, irei ver os motivos pelos quais pode haver”, encerrou.