Rondônia: Mulher que planejou retirada de bebê da barriga da mãe e filho vão a júri popular

Quase três anos após o assassinato cruel de uma jovem mulher, que teve o filho arrancado do
ventre, dois dos principais envolvidos na trama serão julgados a partir do dia 15 de agosto
pelo 1º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho. O julgamento deve durar dois dias, estima
a Justiça. A pauta foi divulgada nesta sexta-feira (8).

Os denunciados que vão a júri são Cátia Barros Rabello, 38 anos, e Mario Barros do
Nascimento, 23 anos, denunciados pelo assassinato cruel da jovem Fabiana Pires Santana, 23
anos, que teve o filho arrancado da barriga a força. O filho de Fabiana, Gustavo Henrique Pires
Maciel, de 7 anos, também foi morto.

LEIA MAIS

Trágico Acidente na BR-364: Comerciante capota veículo e filha morre presa às ferragens

Rondônia: Professor confessa que matou homem a facadas

Bebê de um ano tem o primeiro diagnóstico de Lowe em Rondônia; mãe relata dificuldades da rotina

Rondônia: Idoso morre após ser atropelado por carreta na BR-364


Os crimes ocorreram no dia 19 de outubro de 2019, na zona sul de Porto Velho, tiveram a
participação de Cátia, e Mario (são mãe e filho), da irmã de Fabiana (na época com 13 anos),
e outros cinco menores, segundo apontaram as investigações da Delegacia de Homicídios,
coordenadas pela Delegada Leisaloma Carvalho.


Conforme apurado pela reportagem, contra Cátia pesam as acusações de homicídio
qualificado, homicídio duplamente qualificado e corrupção de seis menores.
Mario foi formalmente denunciado por homicídio qualificado, homicídio duplamente
qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de seis menores.


O caso


Os crimes começaram a ser desvendados pela Polícia, após o corpo de Gustavo Henrique
Pires Maciel, de 7 anos, ser encontrado boiando em uma área utilizada de extração de barro
para cerâmica em um loteamento, na Estrada dos Japoneses, Zona Sul da capital, na tarde do
dia 21 de outubro de 2019.



Horas depois, já no final do dia, o corpo de Fabiana Pires Santana, de 23 anos, que estava
grávida, foi encontrado por familiares alguns metros longe do local onde o filho dela foi
localizado. Ela estava enterrada em uma cova rasa, com um corte profundo na barriga e sem
o bebê.


Após a localização dos dois corpos, policiais da Delegacia de Homicídios iniciaram as
investigações. Ao anoitecer, os investigadores descobriram que o bebê de Fabiana estava
escondido em uma residência, localizada no Bairro Cidade Nova, na Zona Sul da capital. Na
casa, estavam dois menores.


Com a localização do bebê, a Polícia começou a montar o quebra-cabeça do assassinato
cruel praticado contra as vítimas, identificou todos os envolvidos, incluindo a irmã de Fabiana,
de 13 anos, que arquitetou a morte dala e do sobrinho, e os demais acusados que
participaram do crime.

LEIA MAIS

Irritado com choro, garçom mata filho de 1
ano asfixiado

Na RO-479 – “Tião do boi” é assassinado com cinco tiros na cabeça

Jovem morre em acidente envolvendo duas motos e um carro na RO 370


A motivação para ter matado a irmã, é que a adolescente era repreendida em casa, o que
deixava ela irritada. Ela alegou ainda, que um suposto estupro praticado pelo namorado da

irmã, também seria um dos motivos para tirar a vida de Fabiana.
A jovem, que estava grávida, foi morta a pedradas e pauladas e com golpes de ferro na
cabeça. Antes de morrer, a vítima teve o filho arrancado da barriga pela adolescente e o
comparsa dela de 15 anos. O bebê foi levado por outro adolescente, que entregou a criança
para Cátia Barros Rabello, de 34 anos.


A assassina disse em seu depoimento, que agrediu a pedradas o sobrinho Gustavo Henrique,
e em seguida jogou o menino na lagoa próximo onde a mãe dele foi encontrada morta. A
criança não sabia nadar. Os envolvidos já tinham levado para o local todos os objetos usados
no crime, uma barra de ferro, uma faca e um estilete usados para tirar a criança da barriga da
vítima, segundo esclareceu a delegada Leisaloma Carvalho.


Os investigadores descobriram ainda, que Cátia teria encomendado o bebê de Fabiana e
participou da armação do crime. Já o filho dela, Mário, ajudou a ocultar o cadáver da jovem
grávida, arquitetou o crime junto com a irmã da vítima, os irmãos dele e a mãe.
A Polícia confirmou que Mário ficou responsável de providenciar roupas e alimentação para o
bebê, assim que ele foi entregue para Cátia.

Fonte Rondoniagora