Rondônia: Professora demitida de escola faz bico como manicure e ganha “vakinha” para ajudar a sustentar os filhos

Professora demitida de escola faz bico como manicure e ganha “vakinha”

A professora Elaine Cosmo, demitida após explicar a alunos “de onde os bebês vêm”, passou a receber
ajuda por meio de uma vakinha. Desempregada desde o fim de outubro, ela faz “bicos” como manicure
para sustentar os filhos.

Em conversa com o site BHAZ ontem (sábado, 12), a pedagoga conta que está enfrentando dificuldades
para encontrar um outro emprego. Assim, após a repercussão na mídia, a página Só Vaquinha Boa entrou
em contato com ela.

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“Perguntou se eu aceitaria e eu falei que sim, contei a história. O município é pequeno, só tinha aquela
escola particular. E preciso pagar aluguel, sustentar minhas crianças”, diz Elaine, que tem uma menina de
13, um 12 e outro filho de 17, que mora com a avó na mesma cidade.

‘BICOS’ COMO MANICURE


Elaine trabalhava de forma paralela como manicure e, agora, viu-se somente com essa fonte de renda. Ela
recebe clientes em sua própria casa, mas conta que até mesmo essas mulheres “sumiram” devido às
acusações do colégio.


“Esse dinheiro é para eu me manter, comprar material para poder continuar trabalhando fazendo unhas. A maior renda era lá no emprego”, lamenta. O contrato com a escola venceria somente no fim do ano, mas Elaine se esforçava para que decidissem renová-lo.

Até o momento, nenhum funcionário ou pai de aluno entrou em contato para se retratar com ela. A
profissional destaca que toda ajuda é bem-vinda, embora não esperasse receber o convite para a
vakinha.

ENTENDA O CASO


A professora de 36 anos Elaine Cosmo afirma ter sido desligada da Escola Dimensão, na cidade de
Cerejeiras, após explicar a alunos de uma turma do 5º ano “de onde os bebês vêm”. Nessa sexta-feira (11), Elaine explicou à reportagem que lecionava normalmente quando uma estudante a questionou sobre o assunto.

“Ela falou: ‘perguntei pra minha mãe de onde vêm os bebês e ela disse pra eu perguntar pra senhora’. Na
hora, fiquei até meio constrangida, porque a maioria dos alunos já sabe, né, eles têm 10, 11 anos”, diz.
Na sequência, a professora pediu que, quem já soubesse a resposta, levantasse a mão. A maioria dos
estudantes levantou, somente quatro ficaram de fora. Assim, ela começou a explicar e pediu que aqueles
que já sabiam permanecessem em silêncio.

“Falei que precisa de um homem e uma mulher. Os dois juntos, maiores de idade, responsáveis e se
amando, vão conceber o bebê no ato sexual. Disse que o homem fabrica o espermatozoide e a mulher
gera a criança no útero. Que todo mundo já foi espermatozoide um dia”, recorda.

MÃES PEDIRAM DEMISSÃO

A professora foi embora normalmente e, no dia seguinte, uma mãe de aluno ligou por volta das 13h. Ela
disse que as mães do 5º ano haviam criado um grupo no WhatsApp, onde estariam “detonando” Elaine.
Por volta das 17h15, ela foi chamada pela diretora para ter uma “conversa” e acabou demitida. “A diretora
me questionou como havia sido a aula, eu contei como tinha acontecido. Desse modo, sete mães foram à
escola dizer que eu fiz gestos obscenos e usei palavreado ‘diferenciado’, não adequado para a idade das
crianças”, narra.

Como a cidade de Cerejeiras é pequena, Elaine está precisando lidar com a má fama. “Estou conhecida
como a professora que usa gestos obscenos com os alunos”, disse ao BHAZ.

Em nota à reportagem, a escola disse que não existe a disciplina “reprodução humana” no material
escolar. Disse também que “a versão apresentada pela professora não corresponde em nenhum
momento com a realidade dos fatos”



Fonte: bhaz