Baleado, administrador de distrito pertencente a Pimenta Bueno morre ao chegar em Vilhena; localidade já havia registrado outra morte

Duas mortes violentas foram registradas num intervalo de poucas horas uma da outra no pequeno distrito do Guaporé, pertencente ao município de Chupinguaia. Ambos os óbitos aconteceram na manhã desta terça-feira, 08.
 
A primeira vítima foi encontrada logo pela manhã, pendurada numa corda na varanda da casa em que morava na localidade às margens da BR 364. O homem de 34 anos foi identificado como Júlio Fernandes Ferreira. Ele enfrentava problemas psicológicos, tinha passagens pela polícia e teria morrido na noite anterior.
 
Por volta da hora do almoço, a segunda vítima foi baleada e morreu ao chegar ao Hospital Regional de Vilhena, para onde foi trazido. O homem de 58 anos foi identificado como Vicente Delfino (FOTO), que todos conheciam   como “Laércio”.
 
Vicente havia trabalhado durante mais de 10 anos como administrador do distrito de Urucumacuã, pertencente a Pimenta Bueno. As duas minúsculas vilas, que fazem parte de dois municípios diferentes, são separadas pela BR 364.
 
Conforme uma familiar de Delfino, ouvida pelo FOLHA DO SUL ON LINE, a informação que ela recebeu é que algumas pessoas haviam lhe procurado no distrito e, depois, ele foi conversar com elas num sítio nas proximidades da área urbana. O diálogo seria para fazer “um acordo”,  possivelmente envolvendo uma área de terras.
 
Durante uma discussão com um dos participantes da reunião, o autor do crime se alterou e disparou um tiro de espingarda que atingiu o abdômen da vítima. O acusado ainda não teve seu nome divulgado.
 
Um amigo que acompanhava Vicente o levou para receber atendimento no postinho de saúde do Guaporé. A recomendação é que ele fosse transferido com urgência para Vilhena, mas não havia ambulância disponível.
 
A remoção só aconteceu quando uma ambulância de Chupinguaia foi acionada. O homem chegou agonizando em Vilhena e, apesar dos esforços da equipe que o atendeu, ele não resistiu ao ferimento, agravado pelo intenso sangramento e a demora para receber cuidados médicos.
 
A ligação familiar entre os dois mortos é bem distante: Júlio era sobrinho de um irmão de Delfino, que deixa quatro filhos, todos maiores de idade.
 


Fonte Folha do Sul