Túmulo de Lázaro Barbosa é violado em Cocalzinho de Goiás

O túmulo de Lázaro Barbosa, que foi procurado durante 20 dias por matar uma família no Distrito Federal, foi violado em Cocalzinho de Goiás, no noroeste do estado, nesta quarta-feira (15). De acordo com o delegado Rafhael Barboza, há suspeita de que tenham levado a cabeça dele durante a violação. No entanto, ainda será necessário perícia no local para constatar o fato.

A violação do túmulo foi denunciada à polícia pelo coveiro do cemitério local. A polícia não divulgou se o crime foi realizado por uma única pessoa ou por um grupo de pessoas.

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O nome dos possíveis suspeitos, que devem responder pelo crime de violação de sepultura e subtração de cadáver, também não foi divulgado pela polícia, por isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles para um posicionamento.

Crimes e buscas por Lázaro Barbosa

Segundo as investigações, Lázaro, que tinha 32 anos, matou quatro pessoas de uma família em Ceilândia no dia 9 de junho de 2021. Ele fugiu para Cocalzinho de Goiás em um carro roubado. Desde então, ficava escondido na mata. A polícia disse que durante esse período, ele recebeu ajuda de familiares e um fazendeiro.


A Polícia Civil divulgou que concluiu todos os casos em que ele era investigado e eles foram arquivados. As buscas envolveram uma força-tarefa com mais de 200 agentes da segurança pública. A polícia divulgou que o fugitivo era suspeito de mais de 30 crimes em Goiás, Bahia e Distrito Federal. Entre eles estavam homicídio, estupro e roubo.

Durante as buscas a Lázaro, policias chegaram a trocar tiros com ele. Uma família foi feita refém e resgatada sem ferimentos da mata. No dia 28, após uma longa operação, ele entrou novamente em confronto com policiais em Águas Lindas de Goiás e acabou morrendo baleado.

Um vídeo mostra quando Lázaro chega em um carro da polícia à base da operação, em Cocalzinho de Goiás, é carregado até uma ambulância dos bombeiros e levado ao hospital (veja acima). Os militares comemoram o fim da operação.

Apoio ao fugitivo

O então secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, chegou a dizer que Lázaro agir como um jagunço para fazendeiros da região. A polícia também afirmou que havia uma organização criminosa agindo na região, com pessoas importantes, como empresários, fazendeiros e políticos. Porém, a polícia não conseguiu comprovar a existência desse grupo organizado ligado aos crimes cometidos por Lázaro.

Porém, durante a fuga, a polícia identificou uma rede de ajuda ao fugitivo. O grupo era composto pela ex-mulher dele, a mãe dela, a viúva de Lázaro e por um fazendeiro.

Elas tiveram contato com o procurado dias antes dele ser encontrado pela polícia e não o denunciaram. Elas falaram com ele pessoalmente ou por telefone, inclusive no dia do cerco final, horas antes dele ser baleado e morto.

Já o fazendeiro Elmi Caetano, de 74 anos, chegou a ser preso por abrigar Lázaro em sua fazenda, dando comida e local para que ele dormisse. Além disso, segundo as investigações, ele deu informações falsas à polícia para atrapalhar a operação. O fazendeiro morreu em março desse ano, vítima de câncer.

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Fonte: g1