IMAGENS FORTES: Irritados com resultado de jogo, dupla mata cinco homens e uma mulher em bar de Sinop

Chacina aconteceu em um bar na cidade de Sinop – Foto: Reprodução

Sete pessoas, dentre elas uma menina de 12 anos, foram assassinadas em Mato Grosso por dois homens que não aceitaram perder em jogo de sinuca. Seis pessoas morreram no local e a sétima vítima num hospital. A adolescente foi atingida nas costas por tiros de uma espingarda calibre 12mm. A chacina aconteceu na terça-feira, 21, à tarde, na cidade de Sinop, a cerca de 500 quilômetros da capital Cuiabá.

Os acusados pelos crimes, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, foram identificados por meio das imagens das câmeras de segurança do bar, mas estão foragidos. Além das imagens, o delegado da Polícia Civil Braulio Junqueira, responsável pelo inquérito, ouviu testemunhas sobreviventes e disse que não restam dúvidas da motivação do crime e sobre a dinâmica das mortes.

Segundo Junqueira, uma das vítimas foi ao bar para almoçar com a família e amigos, na manhã da terça-feira de carnaval. Num determinado momento chegam os atiradores, Edgar e Ezequias, e desafiam uma vítimas para jogar. No local estavam nove clientes, além dos acusados.

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Na parte da manhã, depois de várias rodadas de sinuca, Edgar Oliveira perdeu em torno de R$ 4 mil. Ele e seu comparsa saem do local e retornam na parte da tarde e mais uma vez desafiam para o jogo. Depois de perder duas rodadas, Oliveira se irrita, joga o taco na mesa, e dá sinal para Ezequias Ribeiro.

Oliveira então sai do bar e pega a espingarda no carro, enquanto Ribeiro rende todos e anuncia que iam morrer. De volta já com a espingarda, Oliveira começa a executar as pessoas. A primeira vítima foi o dono do bar e, em seguida, o homem que tinha ganhado todas as rodadas.

Segundo a Policia Militar quatro pessoas foram mortas dentro do bar e duas fora e a sétima foi socorrida com vida, mas morreu no hospital.

O delegado já pediu a prisão preventiva do Edgar Oliveira e do Ezequias Ribeiro. Junqueira informou que Oliveira se apresentava como pedreiro, uma “espécie de construtor”, e “andou pegando umas obras, não entregou, pegou o dinheiro antecipado comprou a caminhonete, armas”. Já o comparsa, segundo a polícia, tem passagens por transporte ilegal de madeira, já foi preso por formação de quadrilha e porte ilegal de armas, entre outros crimes.



Fonte: Por Fátima Lessa, especial para o Estadão