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Rondônia: Corpo de servidor público desaparecido há 3 meses é encontrado enterrado no quintal da própria casa

O corpo de um servidor público de 60 anos foi encontrado na manhã desta sexta-feira (13) enterrado em uma cova rasa no quintal da própria residência, no Setor 9, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari.

Manoel Rodrigues estava desaparecido desde o dia 10 de janeiro, quando saiu de casa com cerca de R$ 25 mil para comprar um sítio na zona rural do município.

De acordo com o delegado regional, Rodrigo Duarte, o corpo da vítima foi encontrado após a uma equipe da delegacia de repressão aos crimes contra o patrimônio reaver o inquérito sobre o desaparecimento, e encontrarem uma mensagem estranha nas conversas dele com a filha.

“Os policiais da delegacia de patrimônio pegaram o inquérito para dar uma olhada e notaram que nas mensagens de WhatsApp, que a vítima teria mantido com a filha, havia uma mudança brusca na redação dos textos. Então eles compreenderam que alguém se apropriou do telefone da vítima e começou a conversar com a filha dele como se fosse a própria vítima”, comenta o delegado.

Durante as conversas no aplicativo, o delegado Rodrigo Duarte relatou que a pessoa que se passava como a vítima, chegou a comentar com a filha dele de que havia feito uma limpeza no quintal, para explicar uma mudança no solo do terreno.

“Nesse diálogo, é mencionado sobre um aterro no quintal da casa, justificando porque a terra estaria fofa. Em razão dessa desconfiança, os policiais decidiram fazer um busca no local. Chegando lá com os determinados instrumentos para fazer a busca, eles cavaram na área em que o terreno estava um pouco mais instável e encontraram o corpo”, explica Rodrigo Duarte.


Após a descoberta, o corpo da vítima foi encaminhado até o Instituto Médico Legal (IML) de Ariquemes para ser submetido ao exame tanatoscópico para constatar a causa da morte.

“A finalidade principal desse exame, vai ser primeiramente verificar se vítima passou por algum tipo de esquartejamento, se existe alguma fratura ou algum projétil de arma de fogo para estabelecer a causa mortis e um pouco da mecânica delitiva”, detalha o delegado.

O delegado ainda informou que a família da vítima apresentou um raio-X da arcada dentária para a identificação do corpo.

O Caso

Manoel Rodrigues desapareceu no dia 10 de janeiro de 2018 (Foto: Arquivo Pessoal)


A família de Manoel Rodrigues teve o último contato com Manoel Rodrigues no dia 10 de janeiro de 2018. A vítima sumiu ao sair de casa com cerca de R$ 25 mil para comprar um sítio no município. Na época, a filha da vítima disse ao G1, que o pai havia conseguido o dinheiro após vender um carro.

O idoso morava sozinho e fazia contato com a filha por telefone. A filha da vítima lembra que ele chegou a combinar que buscaria na rodoviária a irmã dele, que estava em viagem.

Mas como o funcionário público não apareceu para buscar a irmã e não entrou mais em contato, ela estranhou e constatou o desaparecimento do pai.


O idoso trabalhava como professor de séries iniciais em uma escola municipal e como inspetor em uma escola estadual.

Investigação

No dia 19 de janeiro, a Polícia Militar (PM) prendeu Thiago Pereira Barros, de 29 anos, suspeito de estar envolvido no desaparecimento do idoso e de ter assassinado um acadêmico após roubar o celular dele na Avenida Candeias, em dezembro de 2017. O suspeito foi encontrado em Cacaulândia (RO).

O delegado Moacir Figueiredo disse na época que o carro do servidor público foi encontrado em uma casa onde havia objetos do estudante morto. A situação fez a Polícia Civil ligar os casos.

Ao G1, o delegado disse que um terceiro suspeito confessou que tinha um relacionamento com Thiago e revelou a autoria dos dois crimes cometido por ele. Segundo o delegado, o infrator havia marcado um encontro com o estudante pelas redes sociais, o assassinou e levou o celular da vítima.

No dia 17 de janeiro, os policiais fizeram buscas em uma residência do Setor 11 e encontraram o celular do estudante e o carro de Manoel Rodrigues. No mesmo dia Thiago tentou sacar dinheiro da conta de Manoel e a comprovação foi feita através das imagens de câmeras de segurança da agência bancária.

Durante depoimento ao delegado, Thiago nega a autoria dos crimes, mas a Polícia Civil pediu pela prisão preventiva de Thiago Pereira por conta dos dois latrocínios e, desde então, ele aguarda o andamento do inquérito preso no Centro de Ressocialização de Ariquemes.

“As provas materiais e imagens, além das provas testemunhais, inclusive da filha da vítima e uma vizinha que o viu entrando no carro da vítima. Todo esse conjunto probatório indica que foi ele o autor do crime”, contou Moacir Figueiredo”, destacou Moacir.



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