Devido ao aumento do nível do Rio Madeira, que atingiu 15,6 metros nesta sexta-feira (9), uma família que reside no Ramal Maravilha, margem esquerda do rio, teve que ser retirada de casa para um abrigo provisório. Esta foi a primeira família a ser retirada de casa por causa do avanço do nível do rio.
Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Marcelo Santos, a água chegou próximo ao assoalho da casa onde a família reside e já compromete a segurança do casal e das cinco crianças que habitam o local.
“Já sofremos com a invasão de sapos, cobras e até jacarés”, lamentou a dona de casa Rosangela Ramos da Vilva que, segundo ela, vive pela segunda vez o drama da alagação.
De acordo com Marcelo Santos, na enchente histórica de 2014, Rosângela e a família foram algumas das pessoas que ficaram desabrigadas devido ao avanço das águas do Madeira.
“Essa é uma das famílias que, embora estejam contempladas no programa de moradia da prefeitura, ainda sofrem com a enchente”, salientou Marcelo, acrescentando que o caso será repassado à Secretaria Municipal de Regularização Fundiária, Habitação e Urbanismo (Semur).
Enquanto o sonho de uma casa em local seguro não se concretiza, a família de Rosângela conta com apoio da prefeitura, para se alimentar, e de pessoas como a estudante Franciene Barros Amorim, que cedeu um espaço no terreno onde mora e uma casa para amparar os desabrigados.
“Fiz questão que essa família viesse morar aqui”, afirmou a estudante.
Segundo Marcelo Santos, a Defesa Civil vai ceder uma barraca, aos moldes dos assentamentos da ONU, e doará uma cesta básica para que a família se mantenha.
“A prefeitura vai ficar dando apoio a essa família o tempo que for necessário”, assegurou, alertando que outras 150 famílias são monitoradas pela Defesa Civil, na iminência de serem retiradas de seus lares devido o avanço do rio.