Marido é preso suspeito de ameaçar pelo WhatsApp juiz que mandou prender a mulher dele

O marido de uma mulher presa durante a Operação Red Money na quarta-feira (8) foi preso nessa quinta-feira (9) suspeito de ameaçar o juiz Marcos Faleiros da Silva, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, para que revogasse a prisão de Keyla Regina Balduino, uma das mais de 80 pessoas presas durante a operação contra o crime organizado. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram determinados pela vítima.

O magistrado registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira (8), horas depois da ameaça, dizendo que tinha sido ameaçado por meio de uma ligação feita pelo WhatsApp.

O suspeito do crime, identificado como Rafael Camargo, foi preso, quando acompanhava a audiência da mulher dele, no Fórum de Cuiabá, nessa quinta-feira.

Ele usava tornozeleira eletrônica e tem passagens por tráfico de drogas.

A mulher dele está presa na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

No boletim de ocorrência, o magistrado disse que na manhã de quarta-feira (8) recebeu uma ligação pelo WhatsApp de um homem que perguntou se ele era o juiz Marcos Faleiros que havia mandado prender a mulher dele e que ele falava de dentro do presídio.


O juiz disse ter questionado quem havia passado o número de telefone dele e o homem disse que tinha sido uma advogada, mas que não falaria o nome dela.

Demonstrando nervosismo e agressividade, o homem disse que, além de preso uma mulher, a polícia teria pego uma quantia em dinheiro na casa deles e uma arma de fogo. O homem ainda afirmou que o casal tem filhos e que as crianças precisam dos cuidados da mãe.

"Novamente, disse que poderia ver o que estava ocorrendo instante em que o homem disse o seguinte: 'resolva essa situação com seu irmão aí, o juiz, se não o trem vai ficar feio para o lado de vocês'", diz o relato do juiz, no boletim de ocorrência.

A Operação
A operação Red Money foi realizada pela Polícia Judiciária Civil com o objetivo de desestruturar a base financeira da principal facção criminosa de Mato Grosso, cujas lideranças estão presas na Penitenciária Central do Estado.

Foram decretados 94 mandados de prisão, sendo que 30 alvos já estavam presos, além de 59 mandados de busca e apreensão e 80 ordens judiciais de bloqueio de contas correntes, e outras medidas cautelares de sequestro de bens e valores (uma fazenda no município de Salto do Céu, duas casas e um terreno em Cuiabá, dois caminhões e cinco automóveis), interdição de duas empresas.

As ordens foram deferidas pelo juiz de direito, Marcos Faleiros da Silva, da 7ª Vara Criminal – Vara Especializada do Crime Organizado.



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