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Instituto de DNA Criminal de Rondônia recebe Certificação de Qualidade Internacional

O Instituto de DNA Criminal da Polícia Técnico-Científica de Rondônia recebeu Certificação de Qualidade, um reconhecimento mundial que comprova a eficiência e qualidade dos exames e proporciona credibilidade aos laudos periciais emitidos pelo Instituto, em Rondônia.

O certificado foi emitido pelo Grupo Iberoamericano de Trabajo em Análisis de DNA (Gitad), formado por pesquisadores da Espanha, Portugal e países da América Latina, coordenado pelo doutor Juan Carlos Alvarez Merino, professor do departamento de medicina legal na Universidade de Gramado, na Espanha.

A certificação contribui positivamente para o Instituto, pois confirma o controle de qualidade dos exames e laudos realizados no laboratório e o credencia para o próximo ensejo da equipe técnica do DNA, que é a participação na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), uma rede nacional, que possui dois bancos de informações: de vestígios encontrados no local do crime e de criminosos identificados.

Para ingressar ao banco de dados são avaliados, a estrutura do laboratório, os exames realizados e a equipe técnica. Falta somente o atendimento de um requisito para o laboratório DNA passe a fazer parte da rede nacional, que é a efetivação de pelo menos mais um profissional para atuar como perito criminal. “Hoje o laboratório dispõe de três profissionais, e o mínimo necessário para participar da Rede são quatro”, explica Adayrton Fortunato de Figueiredo, diretor do Instituto DNA Criminal.

Para obter a certificação, a Universidade enviou cinco amostras de sangue para os peritos avaliarem e aguardava respostas sobre o perfil genético de cada amostra. “Fizemos os testes, informamos quais os métodos e os resultados e enviamos para a Espanha. Todos os resultados foram identificados com o resultado esperado”, conta Adayrton Figueiredo.


O Instituto DNA Criminal de Rondônia foi inaugurado em janeiro de 2017, e entre seus objetivos está o de realizar e exames e comparações do perfil genético. Ao longo de um ano e oito meses, o Instituto emitiu 124 laudos, entre eles de crimes que causaram comoção pública no Estado, como o assassinato de um professor universitário em 2016. O laboratório contribuiu com as investigações, por meio de análise de vestígios deixados na hora do crime. Até chegar ao autor do crime, os peritos criminais tinham analisado o material genético de 11 suspeitos, e foi 12° suspeito constatado como o criminoso: “É importante destacar que o trabalho do perito, no Instituto não é só identificar o criminoso, mas também o inocente”, lembra Adayrton.

As pesquisas avançam numa marcha gradual, em paralelo ao enfrentamento das dificuldades enfrentadas para a efetivação de cada laudo. “Temos um passivo, com vestígios coletados desde 2010″, lamenta o diretor. “Mas trabalhamos com dedicação e nosso objetivo é conseguir atender aos critérios nacionais e fazer parte da Rede Nacional, pois isso vai contribuir significativamente com a redução da impunidade no País”, garante.

Crimes sexuais

Adayrton Figueiredo explicou que a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) está investindo tanto em insumos quanto materiais, para que o Instituto aprimore a realização de exames para contribuir com a elucidação de crimes sexuais. Os investimentos serão intensificados a partir de 2019, mas já são realizados no Instituto. O diretor orienta às vítimas, alguns cuidados que podem contribuir com as análises. “É muito importante que as vítimas de crimes sexuais deixem vestígios para serem analisados, que possam ajudar a identificar o suspeito. O ideal é que não tomem banho imediatamente ou lavem as roupas usadas no ato do crime”, orienta. “Nós já conseguimos colaborar com a elucidação de crime a partir de uma toalha encontrada no local do crime”, exemplifica.

 



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