Desaparecimento do empresário ‘Castelinho’ continua um mistério em Rondônia

Caminha para o segundo mês do desaparecimento do empresário Antônio Nemézio Miranda Filho, conhecido em todo o estado como “Castelinho”, sem que qualquer nova pista, resposta oficial ou avanço concreto tenha sido apresentado pelas autoridades. O caso, um dos mais enigmáticos já registrados na região do baixo Madeira, segue cercado de dúvidas, angústia e indignação por parte da família e da população. Informações podem ser feitas para o telefone de denúncias 197 da Polícia Civil. 

As buscas, que mobilizaram uma força-tarefa sem precedentes envolvendo Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Exército e a Defesa Civil (Sesdec) utilizaram helicópteros, drones, cães farejadores e equipes especializadas em resgate em selva. Mesmo assim, após semanas de operações por terra, água e ar, os órgãos públicos anunciaram o encerramento oficial das buscas, gerando forte lamento entre familiares.

“Não é possível que um homem desapareça assim, sem deixar rastro! Estamos sozinhos nesse desespero”, desabafou um parente de Antônio, que acusa o Estado de abandoná-los no momento mais crítico.
 
Vestígios, mas nenhuma resposta
 
A caminhonete do empresário foi encontrada no dia 19 de outubro, abandonada com a chave na ignição e sem sinais de violência, sangue ou indícios de luta. Nos dias seguintes, equipes localizaram apenas uma camisa e, mais tarde, um par de botinas, cerca de três quilômetros adiante, próximo à antiga linha do trem, dentro de uma área de fazenda. Os itens foram recolhidos e enviados para análise, mas até agora não há confirmação se pertencem ou não ao empresário.


Nada mais foi encontrado. Nenhuma pista consistente surgiu. E o silêncio das autoridades só aprofunda o sentimento de impotência.
 
Um homem experiente, em uma região que conhecia bem
 
Antônio Nemézio Miranda Filho, proprietário da tradicional Lanchonete e Restaurante Castelinho, ponto referência na BR-364 entre Porto Velho e Guajará-Mirim, era descrito como um homem simpático, querido e muito experiente na região rural. Acostumado a percorrer trilhas, vicinais e áreas próximas ao rio Madeira, ele conhecia a mata como poucos  fator que torna o desaparecimento ainda mais incompreensível para quem convivia com ele.


 
 
Indignação, medo e cobrança
 
Com o encerramento das buscas, moradores da região e frequentadores do restaurante têm se mostrado tristes e revoltados. Para muitos, a decisão abre espaço para incertezas e aumenta a sensação de insegurança.
 
A família agora apela ao Ministério Público e busca apoio de políticos para que novas linhas de investigação sejam abertas, incluindo hipóteses de crime, acidente ou até ataque de animais silvestres. Nenhuma possibilidade foi descartada — justamente porque nenhuma evidência sólida foi encontrada.
 
 
40 dias de dor
 
Enquanto Rondônia observa o caso com apreensão, o desaparecimento de “Castelinho” deixa um rastro crescente de perguntas sem resposta. O tempo avança, a esperança resiste, mas o sofrimento se intensifica a cada dia sem notícias.
 
A família insiste: não desistirá até encontrar respostas e justiça.

FONTE RONDONIAOVIVO