Perícia aponta causas do vazamento de amônia em frigorífico da JBS em Rondônia

A perícia feita pela Justiça do Trabalho concluiu que o vazamento de amônia na Câmara Pulmão 3 do frigorífico da JBS aconteceu porque a estrutura metálica que segurava os evaporadores caiu.

Segundo o laudo, isso aconteceu por dois motivos principais:

Excesso de peso no trilho central (trilho 5);

Acúmulo de produtos (costelas) muito próximos uns dos outros, sem o espaço correto.

Com muito peso no mesmo lugar, a estrutura não aguentou, caiu e acabou torcendo e rompendo os canos de amônia, causando o vazamento. A empresa fez uma ação rápida e conseguiu conter totalmente o gás.

O vazamento fez com que alguns trabalhadores precisassem de atendimento médico, e o setor foi interditado pela Justiça após pedido urgente do Ministério Público do Trabalho (MPT). Agora, o caso segue sendo acompanhado pelo 2º Ofício da Procuradoria do Trabalho em Ji-Paraná.

Avaliação de segurança

A perícia também mediu os níveis de amônia em vários setores do frigorífico, como:

desossa

câmara pulmão 3

expedição


peletização

embalagem

As medições mostraram que não há mais vazamento, e que os níveis de amônia estão bem abaixo do limite permitido pela NR-15, garantindo que as áreas estão seguras para trabalho e circulação.

Conclusão da perícia

Depois que o vazamento foi controlado e o problema estrutural foi resolvido, o laudo afirma que o frigorífico tem condições de voltar a funcionar, exceto a Câmara Pulmão 3, que deve continuar interditada por segurança.

O que diz o MPT

A procuradora que atuou no caso durante o plantão, Jéssica Alves Resende Freitas, reforçou que a perícia é essencial para garantir que tudo seja esclarecido e que novas medidas de segurança sejam tomadas:

“A perícia ajuda a deixar claro o que aconteceu e garante que tudo seja corrigido de forma definitiva. O MPT seguirá acompanhando para que a empresa mantenha padrões rigorosos de segurança e proteja a saúde dos trabalhadores.”

Com tudo isso, o MPT se manifestou na Justiça pedindo que apenas a Câmara Pulmão 3 continue interditada, liberando os demais setores do frigorífico para trabalhar normalmente.