O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Combate ao Crime Ambiental (Nucam), vinculado ao Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), com o apoio da Polícia Civil de Machadinho do Oeste e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes (DER/RO), deflagrou nesta segunda-feira (7) a segunda fase da Operação Arigós.
A ação cumpre decisão da 3ª Vara Criminal de Porto Velho, que determinou diversas medidas cautelares contra os investigados, incluindo o bloqueio e a indisponibilidade de bens móveis e imóveis no valor de R$ 605.111.082,57, além da apreensão de veículos, tratores, equipamentos agrícolas e gado, suspensão de atividades agropecuárias, proibição de entrada na Estação Ecológica Soldados da Borracha (Esec) e bloqueio de cadastros e emissões de Guias de Transporte Animal (GTAs).
As medidas são decorrentes de ação penal movida pelo MPRO contra 12 pessoas denunciadas na primeira fase da Operação Arigós, deflagrada em 14 de junho de 2022, pelos crimes de associação criminosa, dano à unidade de conservação, impedimento à regeneração de florestas e falsidade ideológica. Os delitos ocorreram dentro da Estação Ecológica Soldados da Borracha, localizada entre os municípios de Porto Velho, Cujubim e Machadinho do Oeste.
De acordo com as investigações, os denunciados se associaram com o objetivo de obter lucro por meio da exploração ilegal de áreas protegidas, utilizando contratos fraudulentos de compra e venda de terras para ocultar os verdadeiros responsáveis pelos desmatamentos. Em alguns casos, os nomes de interpostas pessoas, conhecidas como “laranjas”, eram usados para dificultar a responsabilização civil, criminal e administrativa dos líderes do grupo.
O levantamento apontou que o grupo foi responsável por desmatar 8.023 hectares de floresta nativa dentro da unidade de conservação, área equivalente a mais de 11 mil campos de futebol, provocando um dano ambiental estimado em R$ 605 milhões.
A segunda fase da Operação Arigós, que contou com a atuação de 25 agentes, tem como foco restringir a capacidade financeira dos envolvidos, interromper as atividades ilícitas e garantir a reparação dos prejuízos ambientais e sociais causados pelas ações criminosas.
Com a operação, o MPRO reafirma seu compromisso no combate ao crime organizado ambiental, na defesa dos recursos naturais e na preservação do equilíbrio ecológico em Rondônia, garantindo o direito das presentes e futuras gerações a um meio ambiente saudável.
📎 Matéria relacionada: [Operação Arigós – Primeira fase (colar link da matéria anterior)]
Gerência de Comunicação Integrada (GCI) – Ministério Público do Estado de Rondônia
