
O empresário Valdison Cabral de Azevedo, conhecido como “Jabuti” que já foi candidato a vereador em Jaru, foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (26), no distrito de Tarilândia.
Ele é investigado por suspeita de estuprar um adolescente de 15 anos em um de seus estabelecimentos comerciais, em um caso registrado no dia 2 de novembro deste ano. O processo corria sob segredo de justiça por envolver um menor de idade, o que explica o cumprimento do mandado de prisão ter ocorrido apenas agora.
Segundo a denúncia, o caso foi relatado no domingo, 02 de novembro, pelo pai da vítima. O adolescente e um amigo haviam ido à casa de entretenimento adulto de propriedade do acusado e ingerido bebidas alcoólicas. Em determinado momento, o empresário “Jabuti” teria pego o garoto à força, levado-o para um quarto e cometido o estupro. O jovem conseguiu escapar do local, procurou a casa de um amigo e, posteriormente, contou o ocorrido ao seu pai, que imediatamente acionou a Polícia Militar.
A PM se dirigiu ao bar do acusado, mas ele não foi localizado. A Polícia Civil de Jaru conduziu todo o inquérito policial, reunindo os elementos probatórios necessários para a solicitação da medida cautelar. O pedido de prisão preventiva foi encaminhado para Porto Velho, sendo autorizado pelo Judiciário da capital. No dia 26 de novembro de 2025, por volta das 10h, durante patrulhamento preventivo no distrito de Tarilândia, uma guarnição da Polícia Militar visualizou Valdison Cabral de Azevedo em um restaurante.
O comandante da equipe confirmou que havia mandado de prisão válido e vigente contra ele. A abordagem seguiu o procedimento padrão, com verbalização, contenção e revista pessoal. A identidade do investigado foi confirmada, e ele não ofereceu resistência ao ato da prisão. Após apresentado na UNISP de Jaru, os policiais civis o levaram a um de seus estabelecimentos comerciais, denominado Smokings, para cumprimento de mandado de busca e apreensão.
Durante as diligências, foram localizados:
R$ 9.000,00 em dinheiro
Um passaporte válido
Os itens foram apreendidos, pois podem indicar uma possível intenção de deixar o país. Encerrados os procedimentos policiais, Valdison foi transferido ao Centro de Ressocialização Augusto Simon Kempe, onde permanecerá preso preventivamente à disposição da Justiça.
O empresário deverá responder pelo crime de Estupro de Vulnerável, previsto no artigo 213 c/c artigo 217-A do Código Penal. A prisão, porém, é uma medida cautelar e não determina culpa definitiva. O investigado permanece amparado pelo princípio constitucional da presunção de inocência, até eventual julgamento.

