O jovem Tiago Constâncio foi morto um ano e uma semana após retornar dos Estados Unidos da América onde trabalhou por 17 anos, por um único disparo de arma de fogo, efetuado de perto por Daurene, quando ele estava a bordo da sua motocicleta Honda XRE 300, próximo ao curral da sua vizinha de terra.

A advogada Daiane Stopa, viúva de Tiago, que reside em Ouro Preto do Oeste e cria o filho do casal, hoje com 2 anos de idade, ontem reviveu toda a dor e sofrimento da época em que seu ex-companheiro foi assassinado. Ela disse esta manhã em declaração para a publicação esperar que a pecuarista, agora condenada, fique presa, e lamentou apenas que a pena não é suficiente para fechar essa ferida.
“Eu estou bastante contente com a decisão, satisfeita. É o mínimo que a gente poderia ter por todo o mal que foi feito”.
Tiago morava nos EUA desde o fim da adolescência, em Milford, cidade localizada no condado de Worcester no estado de Massachusetts. Havia voltado para Mirante da Serra e se casou com Daiane Stopa, o casal curtia os primeiros 20 dias de idade do filho recém-nascido do casal. No dia do crime, ele retornava do sítio localizado no km 07 da linha 56 após finalizar a ordenha e quando passava pela propriedade vizinha foi atingido por um disparo próximo do olho, após uma breve discussão.
A mãe do filho da vítima participou do julgamento, chorou muito, mas ao final se sentiu mais aliviada, porém a dor continuará. “É um mal que não tem fim, mais ameniza saber que foi feita justiça da terra. Agora é esperar que ela cumpra e ainda espero que ela se arrependa do que ela fez, espero que ela tenha esse arrependimento porque nosso perdão ela um dia vai ter, nós somos pessoas do bem, somos pessoas de Deus. O perdão que ela tem que ter é do nosso todo poderoso, nosso Deus criador”, desabafou.
A autora do homicídio tinha uma rixa antiga com a família da vítima e havia constantes discussões envolvendo ela com o pai da vítima devido ao fato de um dos lotes de Tiago ser “encravado” na fundiária das terras da produtora rural, e ela não aceitava que usassem o trecho de estrada nas terras dela para o acesso ao sitio.
“Essa dor que ela causou é irreversível, independente se ela tivesse pego 100 anos, prisão perpetua, pena de morte. Não ia tirar essa dor do nosso coração”, concluiu.

