Na manhã desta sexta-feira (04/12), a Polícia Civil de Rondônia colocou na rua a Operação “Descarrilho II”, pra desmontar uma grande rede de tráfico de drogas ligada ao Comando Vermelho que atuava nas regiões de Rolim de Moura e Jaru.
A operação aconteceu em várias cidades de Rondônia, como Rolim de Moura, Jaru, Ji-Paraná, Cacoal, Espigão do Oeste, Theobroma, Vale do Anari e Machadinho do Oeste e até em Campo Grande (MS). A ação faz parte de uma força-tarefa nacional do Ministério da Justiça.
Quem comandou tudo foi a 2ª DRACO, com apoio de várias delegacias da região, da SESDEC e do Ministério Público. Mais de 200 policiais participaram, cumprindo 98 medidas judiciais: foram 39 prisões preventivas, 30 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de bens de 29 suspeitos.
Só em Rolim de Moura e arredores foram 24 prisões e 21 buscas. Em Jaru, mais 15 prisões e 9 mandados de busca, tudo contra integrantes do Comando Vermelho envolvidos até em incêndios criminosos contra provedores de internet.
As investigações começaram depois de um flagrante que envolvia sequestro e cárcere privado: membros da facção pegaram dois homens que vendiam drogas “por conta própria”, sem pagar a taxa da organização. A polícia agiu rápido e impediu que os dois fossem mortos.
Durante as investigações, a polícia descobriu uma estrutura criminosa bem organizada, com hierarquia, funções divididas e ordens vindas direto do Rio de Janeiro. Tinha líder, gerente de bairro, entregador, todo um esquema espalhado por várias cidades. O grupo ainda usava contas de “laranjas” pra lavar dinheiro e até um grupo de WhatsApp chamado “Diretoria Rolim de Moura” pra coordenar as vendas, com códigos de endereço e valores.
A facção também mantinha um “tribunal do crime” pra julgar e punir rivais. Em Jaru, os incêndios nos provedores de internet foram ordenados como forma de intimidação contra empresários que não quiseram pagar extorsão, colocando trabalhadores em risco e causando grandes prejuízos.
A Polícia Civil segue firme no combate ao tráfico e ao crime organizado, trabalhando junto com o Ministério Público e a SESDEC pra desmontar essas organizações e garantir mais segurança pra população de Rondônia.
