A história de Marinéia Rodrigues da Silva, 44 anos, ganhou destaque no programa Fantástico, da Rede Globo. Ela era a motorista do veículo que foi esmagado por duas carretas na tarde de 10 de junho, na rodovia dos Imigrantes, em Várzea Grande.
O programa ouviu Marinéia, que se recupera de cirurgia. “Eu renasci”, resumiu ela sobre o sentimento que tem após ver a gravidade do acidente.
A reportagem mostrou imagens das câmeras de segurança com o acidente impressionante. Também mostrou áudio de populares ligando para o Ciosp pedindo presença do Corpo de Bombeiros no local.
Imagens feitas por populares, com início do resgate, também foram exibidas. Algumas pessoas se mostravam surpresas com o fato da condutora do veículo estar conversando. “Carro vira isso aí e ela ainda está viva”, assinalou um homem que gravava um vídeo.
O carro que Marinéia conduzia também foi mostrado. Em meio aos ferros retorcidos, a reportagem mostra que o pequeno espaço preservado era justamente o banco do motorista. Além disso, foi destacado que o teto do veículo ficou a apenas “4 dedos” da cabeça dela.
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Na entrevista, Marinéia destacou o que pensou nos minutos que sucederam ao acidente, quando estava presa nas ferragens do veículo. Ela citou que tinha dores pelo corpo. “Mas aí, trabalhei rapidão a minha mente e comecei a mexer dedos. Tinha a convicção que iria sair dali viva”, relatou, emocionada.
A cirurgiã Ana Paula da Cunha Barbosa de Lima, que realizou os primeiros atendimentos a Marinéia no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), destacou que não percebeu a gravidade do acidente quando ela chegou ao local. Ela tinha “apenas” uma fratura no tornozelo e outra no nariz. “Depois, quando vimos a imagem do acidente, ficamos surpresos”, contou.
Sobre o motorista, o Fantástico destacou que o exame de bafômetro deu negativo e que ele disse que se distraiu no momento do acidente. Ele foi autuado por lesão corporal culposa – quando não há intenção de matar – e só poderá responder pelo crime se Marinéia decidir representar criminalmente.
A motorista criticou a postura dele após o acidente. “Em nenhum momento vi ele. ele não foi no carro para ver, dar uma palavra”, colocou.
